quinta-feira, 26 de julho de 2007
Notas para não esquecer
fotografia de Quark
Rever os modos de me aproximar à morte
deixar-me mais tempo nos teus braços
ser a ferida que se oferece ao teu corpo
congelar-me nos teus olhos e esperar que ardas.
terça-feira, 24 de julho de 2007
Deixo a cadeira
onde se sentava a imagem pura de minha mãe
parto sem vontade de partir
as fotografias amontoadas pelo chão…
a cópia debotada de um quadro de Vermeer
“Rapariga Com Brinco De Pérola”
Confusas são as coisas da terra
Para as mãos simples do pescador
Que soletra baixinho
Rapariga com…
brinco de água
minha mãe de água
a ti regresso silencioso e liquido
nas tintas dos quadros de Vermeer
nesta praia repleta de astros
que são as minhas mãos quebradas
pela distância de te não pertencer.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
5 livros importantes...
quarta-feira, 18 de julho de 2007
A tua mão suavemente...
Jeanne - Amadeo Modigliani
Deixar Correr as lágrimas
percorrer-nos o rosto com enorme gentileza
é escrever a tinta invisível a visível liquidez das palavras claras
o céu é como se chama o lugar perdido que reflecte a tua pura presença
a delicadeza do teu gesto
a tua mão no meu cabelo suavemente
é o segredo que inclina a água onde navegamos
e não tenho palavras nem mais segredos
para dizer á raiz que o meu corpo é o teu corpo
e a minha sede é o rio por onde correm essas lágrimas
tal é a flor da flor
o gesto terno de um olhar
A erva mais alta no campo mais verde
o principio das coisas
o exemplo estrutural da criação
é este o caminho que percorro
um caminho de milagres e poços negros
e trago o teu gesto na profundidade ampla do meu coração
que bate aqui e ali como a vai vem das vagas nocturnas
sem nenhum agenciamento prévio
inventamos aquela cola indestrutível
que une as coisas permanentes
a estrutura milagrosa da teia de aranha
ou a voz dos plátanos beijados pelo vento norte.
por isso peço o impossível
que te levantes mais uma vez
e na delicadeza do teu gesto
eu sinta ainda a tua mão no meu cabelo suavemente.
percorrer-nos o rosto com enorme gentileza
é escrever a tinta invisível a visível liquidez das palavras claras
o céu é como se chama o lugar perdido que reflecte a tua pura presença
a delicadeza do teu gesto
a tua mão no meu cabelo suavemente
é o segredo que inclina a água onde navegamos
e não tenho palavras nem mais segredos
para dizer á raiz que o meu corpo é o teu corpo
e a minha sede é o rio por onde correm essas lágrimas
tal é a flor da flor
o gesto terno de um olhar
A erva mais alta no campo mais verde
o principio das coisas
o exemplo estrutural da criação
é este o caminho que percorro
um caminho de milagres e poços negros
e trago o teu gesto na profundidade ampla do meu coração
que bate aqui e ali como a vai vem das vagas nocturnas
sem nenhum agenciamento prévio
inventamos aquela cola indestrutível
que une as coisas permanentes
a estrutura milagrosa da teia de aranha
ou a voz dos plátanos beijados pelo vento norte.
por isso peço o impossível
que te levantes mais uma vez
e na delicadeza do teu gesto
eu sinta ainda a tua mão no meu cabelo suavemente.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
quinta-feira, 12 de julho de 2007
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Geometria dos Possíveis
Pena capital
Pena capital para os humanistas
Pena capital para os sem partido
Pena capital para os que não têm trabalho
Pena capital para os "inadequados"
Pena capital para os incorruptos
Pena capital para os que sentem
Pena capital para os homens livres
Mas primeiro
coração algemado
coração encordoado
coração esmagado
coração rasgado
agora sim;
Pena capital
Pena capital para os sem partido
Pena capital para os que não têm trabalho
Pena capital para os "inadequados"
Pena capital para os incorruptos
Pena capital para os que sentem
Pena capital para os homens livres
Mas primeiro
coração algemado
coração encordoado
coração esmagado
coração rasgado
agora sim;
Pena capital
terça-feira, 10 de julho de 2007
Raíz
Vou pela estrada recortada a castanheiros
a estrada molhada por este dia cinza interior
vou com o estrondo das ondas do mar dentro de mim
vou até onde termina o caminho
até onde não existe mais luz esperarei
para te pertencer
Raíz.
a estrada molhada por este dia cinza interior
vou com o estrondo das ondas do mar dentro de mim
vou até onde termina o caminho
até onde não existe mais luz esperarei
para te pertencer
Raíz.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
domingo, 8 de julho de 2007
Caspar David Friedrich - Monk By The Sea
Exercito a caneta
Como o operário o berbequim na parede dura
Exercito-me para o nada
Sou um bruto que aprecia as flores e os canários verdes
Arregaço as mangas
E olho-me no espelho branco de uma folha de papel
Uma árvore a minha infância
A minha pátria de palavras
A minha pátria cega e perturbada.
sábado, 7 de julho de 2007
Direitos Humanos
quarta-feira, 4 de julho de 2007
Subscrever:
Mensagens (Atom)