quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Fantasma


Giovanni Baldini


Esticar a pele ao máximo até que saia o fantasma que te procura
por sobre a luminosa ausência do teu florir
a noite assinala com seu inquietante rosto branco
A vida das cidades onde não passas
eu voo sobre os anos perdidos
marcados no corpo devastado pelo incêndio da busca
não sei como escrever as ondas melancólicas no seu azul continuado
azul de azul
azul para o azul dos olhos
terra mar
golpes de vento para melhor respirar
como se a casa quisesse subir aos mais altos astros
onde tu concerteza me esperas
porque eu sou o teu filho habitado de escuros sentidos
de escuros dedos e mel de Primavera
e um fio de sonho tecido pela aranha do coração.

1 comentário:

Maria disse...

Intenso.
E muito bonito...