sexta-feira, 21 de março de 2008

Fantasmas


Colorphul Phantoms - Kazuya Akimoto

Para cada fantasma
um esqueleto de ossos
para cada homem
um lençol de Agosto
para cada tempo
um olhar e um precipício
uma boca de letras grandes
para matar a oxidação do tempo
e nos seus grandes vértices a luz solar dos teus cabelos
gotas de chuva brilhantes
onde se recolhe o sonho
o incêndio do dizer
estas palavras como uma história de explodir
uma tapeçaria de numerosas estrelas
uma branca floração no céu nocturno
pirilampos distantes
múltiplos espaços
onde poderíamos aprender a dançar
a noite é o velho quintal da nossa casa
eu saio pela janela
bato as asas
abro este livro
e ouço a tua voz.

6 comentários:

Eme disse...

De explosivo tem imenso.

Julgava-te ausente e afinal..

Muito para ler.

vieira calado disse...

Um belo poema, sim senhor!
Um abraço

Manuela Viola disse...

LINDO!

tchi disse...

Um abraço de felicitações pascais.

Maria Laura disse...

Um belíssimo poema. É verdadeiramente um prazer ler-te.

Graça Pires disse...

uma boca de letras grandes
para matar a oxidação do tempo
Belo poema. Um abraço.