
Barbara kruger
Flutuamos nas sombras
E no sorriso diário que se tolera
O outro feito de sabidas substâncias
Pisca o olho ao desequilíbrio do mundo
Somos gatos selvagens crepusculares
Que não lamentam saber escrever
Somos o sol queimado pelos ninhos
Onde habitam os nossos nomes
Uma flor feita de peixes
Um colarinho de libélulas
Um cometa vivo
como uma devastação de água purificada
Um acidente visível
O rosto e um gato mais
Que adormece as mãos no negócio dos sonhos
Sustentado pela enorme língua sublunar
Um continente perdido
Onde abruptamente nos penetramos
Algures entre a palavra noite
E o deslumbramento do silencio perfeito.
11 comentários:
algures entre a palavra noite e o deslumbramento do silêncio perfeito... perfeito, carlos. um grande beijo.
somos seres,
por isso em nós e nos outros somos algo que ainda não conhecemos totalmente, e nos silêncio da noite nos tacteamos
E são tanto que não sobra mais nada para o serem.
perfeito e
visível(mente)
deslumbrante...
há algo para ti no meu canto
beijos
ma que belo!
Algures entre a palavra noite não lamentamos saber escrever...
Gostei do poema.
Belíssimo!
E é claro que este não é um mau blog!!!
CSD
É sempre um prazer ler-te.
Beijo
Gosto do silêncio, mais que da noite. Aí eu tento conhecer-me melhor. Lindo o poema. Bjo
Foi a primeira vez que li, mas ainda assim é-me impossível discordar dos demais. Há qualquer coisa que nos rasga os sentidos enquanto lemos este poema belíssimo.
gostei...
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